Por: Tessália Tegon Celso
Antigamente
a taça utilizada para a apreciação do champagne, no Brasil espumante,
possuía a boca larga. Estas taças caíram em desuso nas últimas décadas
por serem consideradas incomodas, entornando com facilidade o líquido,
fazendo com que o espumante perdesse rapidamente seu perlage, gás e
espuma. Por estes motivos foi trocada pela taça flute, que significa
flauta em francês.
A flute é uma taça longa, mais
estreita que dificulta o derramamento do espumante, conserva melhor seu
perlage e concentra mais seus aromas. Mas nem sempre foi assim:
Reza a lenda que
os deuses do monte olimpo procuravam o mais belo formato para a criação
de um recipiente que lhes desse o prazer de desfrutar o melhor de seu
néctar. A tarefa da descoberta de tal formato foi atribuída a Apolo,
deus da beleza. Sua escolha foi a mais bela, os seios de Helena de
Esparta, que possuíam o formato mais belo e sensual que ele vira até
então.
Apolo então determinou que Páris, filho de Príamo,
Rei de Tróia, deveria moldar a taça nos seios de Helena. Pàris,
protegido de Apolo, extremamente hábil no trato com metais raros e
preciosos, executou a ordem divina.
Para desenvolver tal
trabalho, Páris convocou toda nobreza grega a uma esplanada, para que
servissem de testemunha. Helena teria aparecido com um véu cobrindo seu
busto. O molde foi feito em cera mole diretamente sobre os seios de
Helena, a partir disso, Páris confeccionara a taça em metais preciosos.
Seguiram-se
as bebedeiras e libações que tanto os deuses gostavam, originando a
lenda da paixão de Páris e Helena que desencadeou a famosa guerra de
Troia. Desta taça teria surgido, séculos depois, a taça do Champagne.
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